O responsável prestou essa informação quando dissertava sobre o tema “Cibersegurança vs riscos tecnológicos do sistema financeiro”, durante o ciclo anual de conferências do Banco Nacional de Angola (BNA).
De acordo com o engenheiro, deste valor seis milhões de dólares serão para manter o sistema, que vai desde a formação dos técnicos, a implementação e actualização das tecnologias.
O valor em referência é apenas a parte que o Executivo poderá gastar, sem ter em conta os recursos a serem dispendidos por outros actores do mercado.
A par disso, acrescentou, há a legislação que ajuda a mitigar ciber-ataques, além do Código Penal que define uma moldura penal para os crimes informáticos, assim como há a lei 7/17 sobre a protecção das redes e sistemas informáticos, que prevê um conjunto de procedimentos e normas e a criminalização de actos praticados no espaço cibernético nacional.
Sobre estes actos, acrescentou, assentam a invasão de informação e acesso a dados não autorizados, ou seja todos os sistemas que operam em Angola estão abrangidos por esta lei.
Neste contexto, o quadro actual da cibersegurança em Angola é estável se comparado com o de outras realidades, a pesar de suscitar sempre preocupação, quer do Executivo, quer de todos actores do mercado melhoria e actualização continua dos sistemas de segurança.
Por esta razão, disse, o Executivo lançou iniciativa da implementação de um centro de respostas a incidentes informáticos com a missão de garantir a segurança no espaço cibernético e promover a cooperação com os outros órgãos afins, tendo em conta a vulnerabilidade mundial.
Por sua vez, o director de segurança do Standard Chartered Bank Angola, Shepherd Chimuchere, que partilhou o painel, disse que todos os funcionários dos bancos, desde a base, devem ter informação, formação e responsabilidade sobre cibersegurança, porquanto são eles e os utentes no geral que garantem verdadeiramente a segurança.
Na sua óptica, a partilha de informação entre os actores é outro meio eficaz para combater ataques cibernéticos.
Por seu turno, o vice-governador do BNA, Rui Minguês, disse que estão a criar normas internas para mitigar incidentes cibernéticos, uma vez que os bancos não funcionam sem os sistemas informáticos.
“Os riscos são prováveis todos os dias, daí a antecipação as prováveis acções criminosas com uso de sistemas de informação partilhado entre todos entes que actuam no sistema financeiro”, disse.
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