Quatro estudantes de Química da Universidade de Rhodes na África do Sul participaram e venceram o desafio do “Prémio Hult“, de 2019.
Criado por Bertil Hult, este evento é uma competição que desafia estudantes e universidades a resolver uma questão social como: a segurança alimentar, acesso à água, energia e educação. Os vencedores têm a oportunidade de ganhar um milhão de dólares para que dêem início ao seu projeto social e empreendedor.
Com vontade de ganhar, os estudantes sul-africanos participaram com a construção de um sistema de gestão de lixo electrónico. Este prémio, para além de ajudar os estudantes, também tem o objetivo de criar startups sociais e empreendedoras para que nos próximos dez anos sejam criados mais de dez mil empregos.
“Penso, portanto, que este desafio, para desenvolver uma ideia que forneça trabalho significativo a dez mil jovens na próxima década, é particularmente importante no atual ambiente global”, disse Bill Clinton, o anfitrião do evento deste ano.
A equipa E-Smart foi uma das vencedoras na sua região, composta por quatro jovens, Nobuhle Ndebele (24 anos), Lindokuhle Nene (25 anos), Reitumetse Nkhahle (26 anos) e Gauta Matlou (29 anos). O evento teve lugar na Brookhouse International School, em Nairobi, Quénia, onde receberam o prémio depois de enfrentarem outras 45 equipas de todo o mundo.
A África do Sul produz anualmente cerca de 316 mil toneladas de lixo electrónico, explicou o grupo, e apenas 12% são recolhidos e reciclados antes de serem exportados para outros países. O objetivo é contribuir, para a economia, ao mesmo tempo promover os produtos sul-africanos.
“O lixo electrónico que atualmente não é recolhido e reciclado ou reaproveitado poderia render cerca de 15 mil milhões de Rands (moeda local) para a economia sul-africana”, explicou Lindokuhle Nene, membro da equipa.
Em afirmações à revista News24, Lindokuhle Nene disse que o lema da equipa E-Smart é “a juventude que vai se levantar e criar coisas” acrescentou ainda que a juventude é a força e são os agentes responsáveis pela mudança e melhoria do seu país.
“Queremos estabelecer uma plataforma para as próximas gerações. Eles devem saber que, como um ser humano, tu podes fazer qualquer coisa que tenhas em mente”, concluiu.
A equipa planeia ainda visitar escolas em todo o país para aumentar a consciencialização sobre o lixo electrónico e os seus perigos.
Após a vitória, a equipa passará oito semanas no Reino Unido para o programa Hult Prize Acceleration, que visa preparar mais de 25 equipas vencedoras de várias regiões para a competição final, onde podem ganhar um milhão de dólares.
Enviar um comentário