Em tempos de reflexão, Quebrada Groove apresenta ‘Cypher 1 – Ancestral’, uma viagem ao mundo negro.
O Quebrada Groove, coletivo de produção e ativismo cultural da zona sul de São Paulo (Brasil), apresenta a “Cypher 1 – Ancestral”, uma reunião com os artistas Lázaro Ere, Rone DumDum, Funk Buia, Yonih e Thai para falar de negritude e o poder do autoconhecimento em meio a tantos descasos e violências contra a população negra no Brasil.
“A ideia era fazer um som contemporâneo, com elementos de nossa música preta. Daí vem a utilização do sample dos Ticoãs (“Deixa a gira girar”), que é um grupo que traz essa sonoridade ancestral para faixa, juntando com o rap, que representa o hip hop. É a recriação por meio da nossa própria evolução”, diz Jonathas Noh, músico e produtor do Quebrada Groove.
Lázaro e Rone DumDum, são integrantes do veterano Opanijé, grupo referência do rap da Bahia por mostrar rimas com teor político e religiosidade de matriz africana. A carioca Thai traz na sua caminhada o soul, o blues e a música latina. Também do Rio de Janeiro é Yonih, destaque convidada pelo Quebrada Groove que vai dar o que falar na cena rap.
Outro veterano na cena é Funk Buia (Z’África Brasil). O artista registra o poder negro com sua voz rouca, que transita entre a agressividade e a leveza que representa o cotidiano de quem vive nas quebradas. O clipe de “Cypher 1 – Ancestral” foi produzido – gravado e editado por Jonathas Noh- pela Quebrada Groove. O beat possui pesquisa de sample de SJota e a produção artística teve sugestão de conteúdo de Karina Souza.
Um verdadeiro coletivo artístico, numa obra que vai além das performances do MCs, está na faixa “Cypher 1 – Ancestral”. Aperte o play e use as armas da resistência sonora.
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