De acordo com um relatório apresentado em Cabo-Verde no início desta semana, em 2015 foram perdidos cerca de 630 milhões de anos de vida saudável devido às doenças que afetam a população dos 47 Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) em África.
O estudo denominado como “Um fardo pesado: O Custo da Doença para a Produtividade em África”, foi apresentado durante o segundo Fórum Africano de Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) que decorreu na cidade da Praia em Cabo-Verde até quinta-feira.
O estudo denominado como “Um fardo pesado: O Custo da Doença para a Produtividade em África”, foi apresentado durante o segundo Fórum Africano de Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) que decorreu na cidade da Praia em Cabo-Verde até quinta-feira.
A OMS acrescentou ainda que para além dos anos de vida perdidos, estas doenças que assolaram e assolam África representam uma perda de mais de 2,4 mil milhões de dólares no valor do Produto Interno Bruto (PIB) anual da região.
Os países cujo a metade do total de anos perdidos em vidas saudáveis são: República Democrática do Congo, Etiópia, Nigéria, África do Sul e Tanzânia. E o relatório indica que as doenças não transmissíveis ultrapassaram as doenças infecciosas na maior causa de redução da produtividade, representando 37% do “fardo” da doença.
Seguem-se as doenças transmissíveis e parasitárias, os problemas maternos, neonatais, relacionados com a nutrição e as lesões.
Ao ler o relatório, na introdução do documento, lê-se pelas palavras da diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, que se encontra em Cabo Verde, que quatro anos após a implementação dos esforços dos países para alcançar a cobertura de saúde universal (CSU), a despesa média atual com a saúde na região “fica aquém desta expectativa”.
A cobertura universal exigiria que os países da região africana da OMS gastassem, em média, pelo menos 271 dólares per capita por ano em saúde, ou seja, 7,5% do PIB da região.
Sobre o fardo das doenças: as conclusões do estudo da OMS sugerem que o reforço dos sistemas de saúde deve centrar-se tanto nos países ricos como nos pobres e em todas as idades, bem como em categorias específicas de doenças.
Por seu lado, o economista da Saúde do Escritório Regional da OMS para África, Grace Kabaniha, refere que “este relatório ilustra como o cumprimento das metas críticas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [Agenda 2030 das Nações Unidas] da saúde, incluindo a cobertura universal da saúde, contribuiria para os esforços de erradicação da pobreza em grande escala, para reduzir as disparidades na esperança de vida, para combater a exclusão social e para promover a estabilidade política e o desenvolvimento económico na região africana da OMS”.
O documento firma ainda que os ministérios da Saúde devem dialogar com os ministérios das Finanças sobre a alocação de recursos, uma vez que “a saúde é um investimento estratégico para o desenvolvimento”.
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