Quem gosta de baratas? Ninguém. Contudo, esses pequenos seres que tanta repulsa provocam são os novos melhores amigos do ambiente, pelo menos na China. Na terra de Confúcio está a ser desenvolvida uma super barata para a acabar com o problema de excesso de resíduos sólidos produzidos pela população.
Na China, as baratas ajudaram a criar uma indústria multimilionária, usada em todos os sectores, desde alimentar até à saúde (medicina tradicional). A indústria está tão florescente que existem mesmo criadores de “super baratas” para resolver o problema dos resíduos de 50 toneladas por dia das cidades chinesas.
De acordo com a imprensa do país, nove milhões de toneladas de lixo foram produzidas em Pequim em 2017. A solução? Dar esse lixo como alimento para as super baratas.
Em Jinan, capital da província oriental de Shandong, um aterro sanitário hospeda um bilhão desses insetos. O sucesso tem sido tal sucesso que a Shandong Giaobin Tecnologia Agrícola Co, que gere o aterro, está a pensar em abrir mais três no próximo ano.
O plano é usar esse método para ajudar a eliminar cerca de um terço do lixo produzido por sete milhões de habitantes na cidade. Em Sichuan, essas super baratas nascem para a indústria farmacêutica. De acordo com o jornal italiano on-line Corriere della Serra, a baratas são cultivadas em temperatura e humidade controladas, usando um sistema alimentado por inteligência artificial que aprende com a experiência e os erros. No entanto, alguns cientistas estão preocupados: o que aconteceria se um erro humano ou um terremoto libertasse seis mil milhões de baratas? A pergunta ainda não tem resposta.
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